A primeira impressão que o Brás me
deixou foi: O Brás não é o Brás de que sempre ouvi falar. Provavelmente as
pessoas que falaram do Brás pra mim nem se quer devem ter ido para lá, ou se
foram, não perceberam a diversidade cultural, regional e de classe social que
ele recebe diariamente.
Na minha opinião, o Brás é um lugar
digno de um estudo de comportamento que engloba quase todas as classes sociais:
em poucas horas que estivemos lá – mais precisamente na parte da manhã da terça
e quinta-feira dessa semana – vimos de tudo: revendedoras de São Paulo e de outras
regiões do Brasil, mulheres e homens, adultos e crianças e todos tanto da
classe B quando da D.
Em meio aos manequins, araras e a um
mar de roupas, lá estavam todos juntos. Realmente é um lugar em que todos fazem
compras, que todos se encontram na busca de um único item: o baixo preço do atacado
e do varejo. E isso é sério! Quando perguntamos
as pessoas qual fator que o Brás se destaca, responderam prontamente que era o
preço e a variedade.
E é mesmo. Tem de tudo lá; lojas
para crianças, para jovens e adultos. E vão desde acessórios passando por
calçados e terminando com roupas para tudo – tudo mesmo – quanto é gosto. Achamos
roupas muito baratas, como blusinhas básicas por três reais cada, e roupas
muito sofisticadas, que saíam na faixa de cem reais ou mais (mas ainda assim,
eram bem mais baratas se estivessem no shopping).
Uma frase que ouvimos de canto de
ouvido descreveu tudo o que estávamos pensando no momento: uma mulher de
aparência “altiva” virou para o marido e falou “Nossa, nunca mais vou ao
shopping!”. Acredito que também era a primeira vez dela no lugar.
Se compararmos com o post anterior,
sobre o Shopping Anália Franco, vimos uma disparidade cultural enorme entre
dois centros de compras. Um, as roupas vão de muito caras a caras e o outro,
roupas muito baratas a baratas. As pessoas que frequentam também são diferentes:
no Anália, as pessoas têm maior poder financeiro, enquanto no Brás, a maioria é
de menor poder aquisitivo, mas isso não é regra.
O curioso é que a classe B transita
entre os dois picos de consumo da Zona Leste. É claro, que a maioria está no
Anália Franco, mas há o público que prefere o Brás e que vai para outros
lugares da ZL para economizar o seu dinheiro.
Podemos concluir que o Brás é um dos
locais de compras que mais engloba a cultura da moda na Zona Leste (Se é da
cidade de São Paulo, ainda não podemos comprovar). Fora a diversidade e o preço
dos produtos que oferece, há também a diversidade em seu público e isso é uma
característica marcante que ficou em nós.
Quem já conhece e não prestou
atenção nisso, vá de novo. E quem ainda não conhece, tem de conhecer! Além de
toda essa análise cultural, os preços são realmente ten-ta-do-res-! Está
esperando o que pra ir?
Nenhum comentário:
Postar um comentário