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sexta-feira, 6 de abril de 2012

O Brás e sua diversidade

A primeira impressão que o Brás me deixou foi: O Brás não é o Brás de que sempre ouvi falar. Provavelmente as pessoas que falaram do Brás pra mim nem se quer devem ter ido para lá, ou se foram, não perceberam a diversidade cultural, regional e de classe social que ele recebe diariamente.
            Na minha opinião, o Brás é um lugar digno de um estudo de comportamento que engloba quase todas as classes sociais: em poucas horas que estivemos lá – mais precisamente na parte da manhã da terça e quinta-feira dessa semana – vimos de tudo: revendedoras de São Paulo e de outras regiões do Brasil, mulheres e homens, adultos e crianças e todos tanto da classe B quando da D.

            Em meio aos manequins, araras e a um mar de roupas, lá estavam todos juntos. Realmente é um lugar em que todos fazem compras, que todos se encontram na busca de um único item: o baixo preço do atacado e do varejo.  E isso é sério! Quando perguntamos as pessoas qual fator que o Brás se destaca, responderam prontamente que era o preço e a variedade.
            E é mesmo. Tem de tudo lá; lojas para crianças, para jovens e adultos. E vão desde acessórios passando por calçados e terminando com roupas para tudo – tudo mesmo – quanto é gosto. Achamos roupas muito baratas, como blusinhas básicas por três reais cada, e roupas muito sofisticadas, que saíam na faixa de cem reais ou mais (mas ainda assim, eram bem mais baratas se estivessem no shopping).
            Uma frase que ouvimos de canto de ouvido descreveu tudo o que estávamos pensando no momento: uma mulher de aparência “altiva” virou para o marido e falou “Nossa, nunca mais vou ao shopping!”. Acredito que também era a primeira vez dela no lugar.

            Se compararmos com o post anterior, sobre o Shopping Anália Franco, vimos uma disparidade cultural enorme entre dois centros de compras. Um, as roupas vão de muito caras a caras e o outro, roupas muito baratas a baratas. As pessoas que frequentam também são diferentes: no Anália, as pessoas têm maior poder financeiro, enquanto no Brás, a maioria é de menor poder aquisitivo, mas isso não é regra.
            O curioso é que a classe B transita entre os dois picos de consumo da Zona Leste. É claro, que a maioria está no Anália Franco, mas há o público que prefere o Brás e que vai para outros lugares da ZL para economizar o seu dinheiro.
            Podemos concluir que o Brás é um dos locais de compras que mais engloba a cultura da moda na Zona Leste (Se é da cidade de São Paulo, ainda não podemos comprovar). Fora a diversidade e o preço dos produtos que oferece, há também a diversidade em seu público e isso é uma característica marcante que ficou em nós.
            Quem já conhece e não prestou atenção nisso, vá de novo. E quem ainda não conhece, tem de conhecer! Além de toda essa análise cultural, os preços são realmente ten-ta-do-res-! Está esperando o que pra ir?

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